Há algumas semanas, os jornais noticiaram o assassinato da cabeleireira Maria Islaine de Morais de 31 anos por seu ex-marido, o borracheiro Fábio Willian da Silva de 30 anos. Fábio, entrou no salão de beleza onde a vítima trabalhava e muito nervoso disparou sete vezes contra a cabeça e o tórax da ex-mulher, que morreu na hora. Duas clientes e uma funcionária presenciaram o crime.
Uma separação conturbada e muitas brigas e ameaças fizeram com que Islaine procedesse a oito denúncias na Delegacia de Mulheres. A Justiça determinou que o agressor deveria ficar a mais de 300 m da ex-mulher, mas ele morava e trabalhava a 50 m do salão e da casa dela.
Segundo a delegada Silvana de Fiorilo Rocha, que acompanhava o caso, o borracheiro foi enquadrado na Lei Maria da Penha por agressão e ameaça. Ainda de acordo com a delegada, foram solicitadas cinco medidas protetivas contra o borracheiro e instaurados três inquéritos. Inclusive, a vítima requereu que a arma que ele mantinha em casa fosse retirada.
Hoje o agressor está preso em uma cela isolada no departamento de investigações, em Belo Horizonte.
Indignadas com a não aplicação da Lei Maria da Penha, representantes dos direitos femininos protestarana Praça 7, Centro de Belo Horizonte. De acordo com dados da Delegacia de Mulheres da capital de Minas Gerais, ocorrências com vítimas femininas cresceram 42,2% desde 2007, quando a lei começou a vigorar.
Aqui no estado do Espírito Santo, de acordo com dados fornecidos pela Polícia Civil, das 1.903 vítimas de homicídio ocorridos no ano de 2007, 188 eram mulheres. Em 2008, entre janeiro e abril, 73 mulheres foram mortas. E, na maior parte das vezes, a mulher é vítima do marido, ex-marido ou namorado.
Bom, quanto ao caso de Islaine, nos perguntamos: Por que a Lei Maria da Penha, que determina a prisão do agressor, não foi aplicada? Por que este homem estava em liberdade mesmo após oito queixas de agressão e ameaça? Houve falha!
Em depoimento a imprensa, a defensora pública Júnia Ronan Carvalho, admitiu que houve uma falha no processo que pode ter sido das polícias Civil e Militar, do Ministério Público ou da própria Justiça. Segundo ela, “se uma mulher pediu ajuda por oito vezes à polícia, alguém deveria ter tomado a providência de decretar essa prisão. Não consigo entender como as medidas protetivas pedidas pela vítima não estavam sendo cumpridas”, alertou.
Lendo esses relatos, é difícil encontrar esperança no combate a violência contra a mulher! A Polícia falhou e a Justiça falhou na aplicação da lei pela morosidade. Assim como eu, você deve estar se perguntando no que adiantou Islaine ter quebrado o silêncio.
O que quero mostrar é que a esperança está em primeiro lugar na conscientização e na transformação da vida desses homens. A esperança está em Cristo. Antes mesmo que se cometa o ato, ou mesmo que o ato cometido seja reincidente e de maior gravidade que o primeiro, o trabalho deve ser feito.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia há algum tempo realiza esse trabalho através da campanha QUEBRANDO O SILÊNCIO, que encoraja as mulheres a denunciarem os atos de violência e realiza um trabalho de transformação da vida desses homens.
Notem, conforme já foi dito anteriormente, a legislação brasileira tem se aperfeiçoado para que tais atos sejam coibidos e quando praticados, sejam punidos com rigor. Porém, a denúncia às autoridades é o primeiro passo. O passo seguinte é solicitar ajuda espiritual para sua família.
Fique tranqüila, mesmo quando o mais infalível dos sistemas criados pelo homem acaba por falhar, Cristo nunca falha!
Comentarios
Conheci este site há poucas horas e gostei muito dos temas abordados e a simplicidade das palavras trasnmitidas.
Achei oportuno comentar este texto, porque vivo situação semelhante. Não acredito na justiça dos homens, porque já procurei ajuda e tudo é muito lento e humilhante.
Decidi entregar tudo nas mãos de Deus e confiar na Sua solução, pois sei que Ele é poderoso e no momento certo trará a libertação.
Depois que entreguei completamente a minha vida ao Senhor e descansei nos Seus braços é que senti uma paz que me conforta em meio a tantas tribulações.
Concordo que devemos informar as autoridades competentes sobre os casos desta natureza, mas só Deus é capaz de prover meios para nossa libertação.
Oração e comunhão com Deus tem sido o meu escudo!
Fiquem na paz de Deus! Jane
Boa tarde,
Além do violência física, muitas mulheres sofrem muito mais com a violência verbal, psicológica e emocional em que os maridos fazem sem que possa ser denunciados, pois se violência fìsica o caso não esta sendo resolvida por lei, imagine se entrarmos para pedir proteção para violencia emocional, Desta forma indique um site, ou fale um pouco em como lhe dar com esse tipo de Violencia.
Olá Dalene!
De acordo com a Lei Maria da Penha, Violência psicológica consiste em “qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento”.
No entanto, para ser caracterizada como violência psicológica para a aplicação da Lei, o comportamento do agressor deve ter por objetivo “degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”
Diante dessa situação, a Mulher deve buscar de pronto a Delegacia da Mulher e denunciar. O segundo passo é não esconder dos familiares e amigos mais próximos, pois isso ajudará a intimidar o agressor, além de poder contar o apoio emocional de pessoas queridas. E, por fim, a Mulher deve buscar ajuda psicológica.
Não conheço um site cujo conteúdo eu conheça completamente para me sentir segura de indicar, mas na maioria das cidades existem instituições sem fins lucrativos que oferecem apoio às mulheres que sofrem esse tipo de violência.
Um abraço! Obrigada por comentar! Emanuelle Monteiro
